Barkero

O lado negro da lua,dá-se a ver nas curvas da luz.

O anoitecer é rubro, como a morte que desce no horizonte.

Anjo negro, abra ás asas para me receber.

Barqueiro, conduza-me pelo rio Queronte.

Rio obscuro e sem profundidade,

Composto por seu desespero e pranto.

Seres não amados que aqui jazem em dor

Beijem os pés de deus, que lhes acolhe em seu manto.

Universo de mentiras, que procurado é tanto,

Por inocentes seguidores, e dependentes da mentira.

A fogueira está armada, por vocês e para vocês.

Levantem-se. Pulem para a flamejante pira.

Inquisidores e torturadores recebam,

Sua eterna dose de dor,

No oceano de sangue e desolação e desespero.

Paguem pelas suas falsas verdades sobre o amor.