Crônicas de um Universo Paralelo

O sentido da vida, é a ambüidade das metáforas...

terça-feira, novembro 27, 2007

Pérolas aos porcos

Não mais que parcamente conformado admito, que pérolas aos porcos ofereci.

Em troca, três moedas de prata roubadas, recebi.

Uma moeda para o tempo que gastei criando em sua imagem.

Uma moeda para o sentimento que necessitei criar em sua imagem.

Uma moeda recebi ao ver sua máscara desabando aos meus pés.

Olhar o vazio pela janela não me transporta para um sonho.

Sonhar com o exterior da janela, não me transporta para o vazio.

Uma janela me mostra as preciosas palavras que desperdicei.

Uma janela me mostra a liberdade de que abdiquei ao desperdiçar-me.

Uma janela revela-me que quem está livre do lado de fora sou eu.

Ajoelha-te e adora teu confinamento. Abrace seu vazio.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Tipos, formatos e tamanhos

Sentado em um banco da universidade, apenas observo. Pessoas e mais pessoas passam por mim; algumas inclusive voam. Vários tipos, formatos e tamanhos. Senso de inferioridade digno de Kafka e um egocentrismo que faria Nietzsche parecer um reles mortal; pessoas superficiais e humildes; a formiguinha que trabalha o ano inteiro e o gafanhoto que toca seu violão; pessoas condenadas ao anonimato e pessoas condenadas ao sucesso; revolucionários neo-marxistas e conservadores de extrema direita; fanáticos religiosos e ateus convictos.
Somos comparáveis a pequenos hamsters correndo em suas rodinhas, corremos em direções diferentes, mas nunca saímos do lugar.