Crônicas de um Universo Paralelo

O sentido da vida, é a ambüidade das metáforas...

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Por que você não usa meias nos pés?


Por que você não usa meias nos pés?

Por que não voa com suas próprias asas?

Asas de cera tendem a derreter; rostos de cera tendem a derreter.

Falta de confiança ou excesso de perseguição?

Veja o que vi.

Deja vu.

Voar ao redor dos astros com asas de cera é perigoso.

Usar as próprias asas é desafiador, mas perigoso.

Perigo.

Mentes simples aplicam truques de mutação.

Confiança é a chave para uma não queda.

Por que você não usa meias nos pés?

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Wo bist du


Sua face evapora aos poucos no vidro...
Um aperto no peito toma proporções maléficas...
De joelhos, peço que a dor suma...
Sua ausência faz os pássaros não cantarem...
As árvores são negras e vazias; a água corre ao contrário....
o sol brilha para outros, e a escuridão me esmaga...
A chuva umidece minhas pálpebras molhadas...
O rubro sangue, escorre pelos seus olhos...
Quem fez? Quem te afastou?
Quem te carregou pela chuva?
Quem levou-lhe?
por que?

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Liberdad


Quilômetros e quilômetros de estrada e areia e vazio.

Um sentimento de liberdade pode ser comprado por um pouco de vento.

Quanto mais eu vejo, menos eu quero ver.

A liberdade está longe de ser alcançada e compreendida.

Pássaros voando são livres. Pessoas livres não são livres.

Livres.

Livres do que?

O sentimento de liberdade só aparece quando as pessoas se ausentam.

Precisamos ser livres de outras pessoas?

Liberdade seria apenas um momento de euforia passageiro...

Pela ausência de seres desprezíveis (humanos).

Mas nunca atingiremos a ausência total de seres desprezíveis,

Enquanto não conseguirmos a nossa ausência.

Ou então sonhamos com nossa vida livre.

Enquanto trabalhamos arduamente para outras pessoas ficarem ricas,

Sonhamos com a liberdade.

Liberdade!!!

Liberdade!!

Liberdade!

Liberdad...

Líber...

Li...

L.

domingo, fevereiro 11, 2007

Noites de desolação


Olho ao redor, mas só vejo muros de pedra...
A noite ainda é uma criança chorando por colo...
E a madrugada será uma puta chorando por colo...
A fumaça do cigarro, desenha seu rosto triste pelos vidros...
A chuva me compacta ainda mais em mim mesmo...
A nuvem de poeira sufoca; a poeira conduz...
Conduz...
Do pó as cinzas, das cinzas ao fogo...
Pássaros definham em sua sombra...
Degradação.
Lágrimas derrama; mar impuro se cria...
Desolação eu lhes vendo...
Meu preço é barato, dêem-me suas almas...
Me dêem sua essência, em troca de mentiras confortadoras...
Deitem em meu colo e chorem pela madrugada...