Crônicas de um Universo Paralelo

O sentido da vida, é a ambüidade das metáforas...

sexta-feira, março 16, 2007

Flores em chamas


As flores cheiram como gasolina
O óleo negro nos conduz a devassidão
O rei rubro nos dá um gosto de sua sina
Pardos e rotos são os rios da nossa escuridão
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Receba de vossas mãos a óstia sagrada
Do óleo de cristo veio; ao óleo de cristo retornará
Vá para o abismo no fim da estrada
Mais uma queda, que aos deuses agradará
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Beije a mão opressora; admire os intantes de sua queda
Seu precioso sangue negro, esvai-se em suas veias
Seu sonho de nova ordem, agora não passa de uma dúvida
Poderoso Ares, conhece sua destruição em suas próprias teias
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Forje agora o monumento de sua desgraça
Use agora o martelo de justiça que tanto amas
Ao fim chega agora seu reino de trapaças
Consuma-se agora arbusto, no lago de vingadoras chamas.

segunda-feira, março 12, 2007

Apenas consumismo


Vamos dançar ao redor do lago pútrido da nova era.
As rosas cheiram como gasolina.
Deite-se sobre o lustroso gramado de cinzas.
Esta é a nova ordem. O novo mundo.
Florestas de aço desabrocham, e nos concedem seus frutos amargos.
Tribos metálicas dançam ao redor da fogueira das vaidades.
Não mais capitalismo, socialismo ou anarquismo; apenas consumismo.
Vamos contestar Copérnico; o sol gira em torno dos nossos umbigos.
E nossos umbigos giram em torno do capital.

terça-feira, março 06, 2007

Triste estátua da falsa liberdade


Os momentos passam, e no fim só resta poeira.

Cada dia nos tornamos, mais animais do que humanos....

Mas isso está certo não?

Afinal somos animais e devemos seguir nossos instintos.

Comer, reproduzir, morrer...

Matar;

Instintos primários.

Instintos solitários.

Vamos levantar uma triste estátua da falsa liberdade...

Para relembrar nossos sentimentos, que um dia nos acompanharam...

Mas hoje em dia são apenas lembranças de um tempo triste e feliz...

Tempos modernos.

Tempos sem personalidade.

Rostos de cera derretem as belas obras de arte...

A beleza de peças sobre amor, é ofuscada por rostos pré-moldados.

Uma lágrima derramada não mais equivale a um movimento de sentimento...

Mas sim, equivale a um movimento de propaganda.

Vamos dançar ao leve som da corrupção das almas...

Sintam prazer na sua destruição...

Destruam seus corações...

A vida passa...

Os momentos passam...

E no fim...

Só resta...

Poeira.

quinta-feira, março 01, 2007

O Anti-socialismo, e a mídia fantasiosa


Algumas pessoas me criticam por ser meio anti-social. Porque eu prefiro comer sozinho, a comer em uma reunião familiar, ouvindo o porque tudo que eu faço é errado. Ou também, porque não sou uma pessoa que goste de socializar com várias outras, e falar sobre coisas que eu acho idiota, simplesmente para deixar uma imagem de pessoa legal.

Ao meu ver, palavras são muito caras, não se devem ser usadas dessa maneira. O preço a pagar por usar palavras descaradamente pode ser muito caro; um preço fora do nosso alcance.

Poderíamos inclusive criar uma nova forma de governo: o “Anti-socialismo”. Não um tipo de governo contra o socialismo, mas contra a falsidade geral/social. Talvez um sonho tolo, mas quem sabe se as pessoas tivessem a coragem de dizer o que realmente lhes aflige, as coisas poderiam ser um pouco mais fáceis. Suponhamos que G.W. Bush, fosse sincero e tivesse deixado claro que o que queria era o petróleo iraquiano. Isso poderia ter poupado algumas vidas, e poderia ser resolvido com burocracia (idiota, mas inofensiva).

Suponhamos ainda, que a mídia ao menos tentasse usar do imparcialismo; nós saberíamos o que realmente acontece. E isso nos daria uma chance de decidir.

É também muito fácil para aqueles que descobriram que são enganados, chamar o povo de burro. Mas geralmente as pessoas que descobrem que são enganadas, são aquelas que não sonham mais, e abandonam as esperanças. As pessoas são facilmente enganadas, porque os enganadores usam seus maiores sonhos contra elas. Sonhos de felicidade.

E as pessoas que se transformam em enganadores, são aquelas que abandonam os sonhos. O sentimento de vazio, lhes conduz a outro sentimento; a vontade de repassar o vazio a outras pessoas.

É apenas mais um círculo vicioso. As pessoas são enganadas e crêem na felicidade. As pessoas descobrem que são enganadas e sofrem da amargura do vazio. As pessoas se tornam duras e frias, e enganam as outras pessoas que ainda são “felizes”.