Crônicas de um Universo Paralelo

O sentido da vida, é a ambüidade das metáforas...

quarta-feira, janeiro 24, 2007

Lâmina


Mais uma pétala vermelha arrancada de sua rosa.

Outra pedra no muro.

Oh lâmina gelada que atravessa minha espinha.

Mão que me suporta, mão que me apunhala.

Face no espelho.

Pela ignorância recebes tua salvação.

Pesadelo que se repete.

A fraternidade é branca, e a traição é negra.

No que se baseia a humanidade?

No anseio pela destruição alheia talvez.

Ou melhor ainda, no anseio pela própria destruição.

Blood Moon


Rostos e mais rostos passam por mim sem cheiro e sem cor.

Personalidades vazias e repetidas.

O rosto que eu procuro está obscuro; perdido nas sombras.

A morte é rubra, e a esperança é negra.

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A vontade desfalece. O sentido é derrubado por terra.

Oh estúpidas metáforas, que fazem o nascer do sol escuro.

Lua imponente no céu, abençoa-me com sua escuridão.

Levanta-me desse sono eterno.

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A luz no fim do túnel colore a escuridão com o vermelho do sangue.

Sangue. Pelo chão ele escorre. Seu doce veneno.

Amargo como fel. A imunidade ao próprio sangue.

Sua dor é tão imune assim?

quarta-feira, janeiro 17, 2007

Crueldade da criação Part V - A tortuosa estrada para o conhecimento


Hoje eu estava observando meus animais de estimação em mais uma de suas brincadeiras. Uma gata pré-adolescente, e uma cadela atingindo a terceira idade. A gata é destemida e curiosa (como um dia minha cadela foi), e minha cadela é mais preguiçosa e triste. Uma comparação dessas personalidades, com as personalidades humanas me levou a uma pergunta. Tentarei expor algumas idéias sobre o assunto primeiro, no final, chegarei a essa pergunta.

Durante nossa infância e adolescência, adotamos essa personalidade destemida e curiosa. Tudo é novidade. A ignorância do que acontece ao nosso redor, é uma benção magnífica. Enquanto pouco sabemos, e menos ainda nos importamos, a vida é um mar de rosas.

No decorrer da vida, vamos nos endurecendo e esfriando. Como ainda não possuo um grande conhecimento da idade mais avançada, a não ser pelo estudo das personalidades alheias, posso apenas afirmar que isso acontece, mas não tenho conhecimento o suficiente pra explicar o porquê. Nessa idade antes da “velhice”, a parte sexual mostra uma influência enorme sobre nossas vidas. Em alguns casos, atinge um estado de perversão e malignidade (consciente ou não), que nos enoja.

Esse estado, ao meu ver é o grande responsável por frases como, “Eu odeio a raça humana”, e “eu me odeio”. Esse ódio por um instinto é uma clara reflexão de nossos atos. Nos odiamos tanto por que não conseguimos controlar esses impulsos “maléficos”, que geralmente odiamos a todos por serem maléficos como nós.

Agora, passando a idade mais avançada, e da qual eu tenho menos conhecimento.

Irei separar as pessoas em dois grupos aqui; mesmo sabendo que estarei fazendo uma generalização, peço que leiam, e saibam que não divido pessoas assim sem uma razão, e que milhares de divisões podem ser feitas.

No primeiro grupo, as pessoas que se deixam derrubar pelo peso da idade e da maldade. E em outro grupo, teríamos aqueles velhinhos felizes e bondosos, que geralmente são os avós perfeitos.

Sobre primeiro grupo, deduz-se, que o ódio pela humanidade lhes dá uma visão pouco otimista da vida. Procuraram por um sentido a tudo, e nada acharam. Todos os lugares em que procuraram, só lhes mostraram o quão sem sentido e sem justiça a vida é. Isso os destruiu. Apenas anseiam pela morte e a libertação desse sofrimento.

Já no segundo grupo, as pessoas não procuraram por um sentido na vida. Ou o procuraram e desistiram de acha-lo. Ou ainda, numa terceira e improvável hipótese, acharam um sentido.

Agora a pergunta.

A sabedoria atingida ao longo dos anos é uma iluminação ou uma maldição?

domingo, janeiro 07, 2007

O sentido da vida de pessoas sem sentido




Corpos musculosos. Homens com muito dinheiro, roupas da moda e corpos malhados. Mulheres com roupas provocantes, plásticas e implantes. Isso é o que a maioria das pessoas vê como modelo do que deveriam ser. Façamos uma comparação dos corpos humanos com os carros. As pernas são as rodas, o peito é o capô, os braços as portas, a cabeça seria os acessórios postos, e as roupas a lataria.

A televisão apenas nos mostra o quão feios nós somos, ou pelo menos o quão feio eles querem que a gente ache que é. As revistas de moda, que eu gostaria de chamar de catálogos de venda de peças, mostram o que nós devemos ser, como devemos parecer, como devemos falar, pensar e agir.

Agora juntemos as duas partes, a mídia e os que a vêem. É tanta informação jogada em cima de nós, que com o tempo, nos esquecemos de discernir o que é real e o que é bobagem. Adolescentes já crescem com a tv como modelo de quem devem ser. Não mais há os modelos paternais e maternais.

A mídia mantém um controle enorme sobre todos. Ninguém sabe mais o que realmente é bom, a menos que alguém diga a eles. O ataque da mídia em nossas vidas foi tão grande, que estamos escravos dela. A opinião e o individualismo estão desaparecendo.Viramos bonecos, marionetes.

Voltemos agora a comparação. Todos preocupados em demonstrar suas latarias, rodas e acessórios. Quem conhece carros já entendeu o meu ponto. Chamem de falso moralista e..., Mas por favor, tenham a bondade de mandar por escrito suas idéias. Eu gosto de ouvir suas críticas, me mostra o que está errado.

Mas voltando ao assunto, agora a parte funcional do carro. O coração é o motor, que da a força necessária para nosso carro. O cérebro, é a cabine, de onde controlamos nosso motorizado. Quando lemos e estudamos, fazemos upgrades na parte funcional. Melhora-se o desempenho, melhora-se o painel de controle.

Mas continuem com suas partes externas. Mas lembrem-se, uma carroça com lataria de Ferrari continua uma carroça. E uma Ferrari com aparência de carroça, continua uma Ferrari.

Isso aí, geração malhação. Corpinhos bonitos, mentes vazias. Exatamente o que querem de você. Tenha uma aparência, mas não pense, não descubra que o que você vive é uma mentira. Sua vida é um legado, seu corpo no final irá apodrecer debaixo da terra, depende de você deixar fatos marcantes a serem lembrados. E tenha certeza, seu corpinho não conta como um fato marcante. Seu corpo vai pro ferro-velho. Mesmo em corridas, o carro que ganha não é nada. O que importa é quem o dirige.

terça-feira, janeiro 02, 2007

Uma mágica viagem á fantástica terra da loteria


Calor infernal. Beirando os quarenta graus. Uma noite sem dormir. Humor beirando o assassínio. Mesmo assim, me obriguei a desafiar o sol e ir pagar uma conta e tirar um dinheiro no banco. Como se não bastasse o sol desértico, tenho que enfrentar duas filas. A fila do banco, e a fila da loteria.

Pois bem, eis que a fila da loteria diminui, e por fim, acaba. A garota que atende está viajando pela Terra do Nunca. Ela pensa em tudo, menos no que está fazendo, e no ambiente ao seu redor. Não que isso seja uma coisa ruim. Eu, por exemplo, passo 80% do meu dia afogado nos meus pensamentos, flutuando por aí. Mas enfim, prosseguindo; não sei o que despertou minha atenção nisso tudo.

A garota olhava através de mim, através da parede, através do teto...

Onde andaria essa mente flutuando eu me pergunto...

Estaria voando com Peter Pan na Terra do Nunca?

Nunca diga nunca.

Talvez correndo pelas florestas com os Elfos de Tolkkien?

5,.6,.....7,.... 8.............17,18,19,20,21. Ainda conta como um só!

Ou quem sabe pulando com os números nas cartelas...

Vamos, dêem as mãos. Zero você sozinho não vale nada, abrace algum outro número e seja feliz.

...6.................................................................................................................................

V6, V8 ou talvez V12?